Fadiagem (em obras)

Fado, Sexo I Vacalhau - Trabalhadores do Comércio com um tema de Ian Dury

Sonntag, 5. Juli 2009

Resposta do Jorge Miguel a Amigos e vícios por mail

Como acho que excedi os caracteres, e não sei muito bem como funciona,
uma vez que está em alemão, envio-te assim o comentário por mail,
podendo assim escolhers o que queres publicado, ok? já agora volta a
mandar aquilo que disseste para partilgarmos ficheiros pois eu acho
que apaguei isso, ok ?


-Vou aqui escrever, diria que na qualidade de teu amigo, mesmo que
seja aquele com quem os desatinos saem mais facilmente, talvez por
feitios demasiado parecidos. Tenho a lamentar, para já o passado, um
passado demasiado preso a alguns consumos, como tu bem sabes, mas que
não atribuo a culpa a ninguém, mas o que me faz realmente pensar que
somos demasiado atrasados é presisamente o tipo de acusações de que
este ou aquele amigo que me tenham desencaminhado, embora se calhar os
meus progenitores pensem o mesmo, mas talvez até sejam mais da opinião
de que eu é que sou o desemcaminhador, pelo menos a minha mãe defendia
muitas vezes essa teoria.
Sei que se calhar te estás a referir a gente de um estatuto social um
pouco mais elevado, mas em relação a esse tipo de acusação aqui na
República Autónoma do Tovim, têem caído por terra, visto que a maioria
das opiniões, referiam-se á minha pessoa como principal perigo e
desencaminhador cá do burgo, entre outros claro, sendo que os seus
filhos, maridos, irmãos,etc., nunca tinham culpa e apenas eram vitimas
"indefesas?", tipo virgens na feira da pornografia. Ora houve uma
radical mudança na sequência das coisas, eu fui morar para a Figueira
para parar visto estar farto desta vida e onde estive dois anos sem
consumos,situação que se mantém outros desencaminhadores deixaram-se
das merdas, mas quando se pensaria que tudo estava resolvido e que a
partir daí as drogas duras seriam irradicadas da nossa terra, foram
precisamente as vitimas do antigamente que se viriam a revelar,
roubando tudo em casa, fazendo curas atrás de curas, algumas delas em
boas clinicas, das quais vinham embora sem completar os tratamentos,
mas sob o juramento? de se afastarem das "coisas". Ora as pessoas que
atribuiam as culpas sempre aos mesmos ficaram sem uma argumentação que
não fosse a de assumir as culpas dos seus familiares, tanto nos
consumos como em alguns roubos entre outras coisas.
Como deves saber, também eu consumia tudo o que fizesse efeito, embora
achasse que como trabalhava, como nunca prejudiquei nimguém sem ser a
mim mesmo, entendia que não devia fazer as coisas "à xuxa calada",
claro que não andava própriamente a fazer publicidade, mas também não
tinha problemas de ser visto aqui ou acolá, pois não devia satisfações
a ninguém, sendo que as mesmas pessoas que eu punha afumar eram
aquelas que mais falavam nos tribunais da terra ou seja as lojas, os
cafés ou na peixeira, sabendo-se que as pessoas falam dos outros para
que não falem deles em primeiro. Mas posso agora dizer que a única
coisa que me fez parar (por enquanto, pois nos vicios não existem
casos encerrados, só com a morte), foi o estar farto duma vida sempre
igual todos os dias, começando a entender o que eu estava a perder,
pois aqulas idas ao CAT, ás clinicas, aos médicos, etc., só para que
as pessoas vejam e em certos casos para continuar a cair dinheiro,
raramente resultam, sem ser por uma vontade muito forte da pessoa em
causa e ás vezes as ajudas certas, sem fazer da pessoa um coitadinho,
todos estes factores e até uma mudança de ambiente é díficil. Mas o
que mais me custa ver, é que com a inúmera informação que é
disponibilizada, caso isso não chegasse podem ver nos parques de
estacionamento e não só, os resultados de vidas de consumo e até em
alguns casos na própria familia, sãio cada vez mais os putos que se
agarram aos vicios, sendo que o alccol é um dos principais causadores
de mortes, tanto nas estradas desse mundo, como na provocação de
paranóias e de desenvolver partes violentas das pessoas que só o
alcool consegue encontrar, mas que para as familias portuguesas, é
preferível que cheguem bebados todos os dias, que até é motivo de
gargalhadas entre as pessoas, do que fumarem "charros", porque no
entender de muitos, quem fuma "brocas" fica irremediávelmente agarrado
para todo sempre.
Nestas situações pode-se aplicar a máxima daquela canção ou seja: se
um probre se agarra, é um cabrão dum drogado ou de um bebedo de merda
que só serve para prejudicar os outros, mas se for um rico nas mesmas
condições, já é apenas mais uma vitima de um problema á escala global
que tira a alegria aos nossos pobres jovens e cujo tratamento deve ser
o mais aconchegante possível e com o apoio de todos e quanto ao alcool
é um problema social e silencioso que geralmente é provocado pelo
strees do dia a dia e até pela quase obrigação de estar presente em
todas as recepções por educação e nunca por gostar da bebida, enfim
Problemas.-

1 Kommentar:

  1. Nunca tinha pensado no facto de ter o "dashboard" em alemão; vou procurar alterar isso, ainda que os poucos conhecimentos de internet e afins que possua tenham sido adquiridos nessa língua e eu me sentir mais à vontade com a língua germânica no campo internáutico.
    Eu sei que tambem o teu caso possa estar reflectido no meu post; eu procurei escrevê-ço de forma englobante e nâo pessoal. Tivemos amigos comuns e por isso sabes bem que a história em relação aos pais poderá ter acontecido em casa de qualquer um. Como referi, não tive intenção de criticar quem quer que fosse, mas sim, descrever uma situação real e apelar à meditação e tolerância.
    Mas sobretudo foi porque recordeio tempo a que te referiste no postado em Memórias do Tovim. No tempo em que fomos um grupo de teatro, em que pujantes de alegria construimos algo; direi mesmo que "inventámos o amor com carácter de urgência..." E sobretudo reinventámos a Farsa de Inês Pereira.
    Na sequência, acabei por chegar ao ponto em que nos separámos; das críticas e acusações que tive de suportar, apesar da minha atitude ter visado apenas o florescimento dum grupo cultural. E, continuo a pensar, que se pudesse repeti-lo, repeti-lo-ia sem ligar a bocas de mal-dizer.
    É certo que a juventude, às vezes necessita de freio... mas eu próprio andava desenfreado!
    E insisto: é-me indiferente o que digam dos meus amigos! Eu tenho a opção de os escolher e portanto assumo a responsabilidade das minhas amizades.
    às vezes chateia ouvir que um gajo tem culpa das desgraças dos outros, daí ter escolhido como lema, na altura: tudo o que estiver mal feito, fui eu que fiz! Tomei a ironia como defesa. E penso que fiz bem com isso. Hoje continuo a ser bem-vindo na casa dos pais dos meus amigos. Como é o teu caso. Sabes bem da espectacular relação que tenho com o teu pai, e ela não é porque ele vê o diabo em mim ou eu nele.
    Por falar nisso, cumprimenta os teus velhos em meu nome, por favor.
    Fica bem

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