Vou-me deitar ao vento,
À sombra das capas dum livro
E pousar os olhos cansados no regaço do regato.
Recordar
A vertiginosa névoa matinal
Que a noite assombrou
Sobre o corpo mondeguino.
Às vezes tenho destas coisas,
De cordeiro fatigado com as cabriolices do dia,
E bucolizo por instantes o meu ser.
Penso,
(que às vezes também me dá para isso),
Ser o sol uma mentira,
Uma história já velhinha que trago desde criança
No rosto desmazelado.
E rio.
E sinto um raio de luz
A convencer-me que o sol
Não é mentira nenhuma
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